Formada em 2015, a banda tem como integrantes Dea Dip nos gritos, Dori Onnez na bateria, Nina Veloso na guitarra e Camis Brandão no baixo.
Suas maiores influências musicais e ideológicas vêm do movimento punk Riot Girl, do feminismo interseccional e dos movimentos antifascismo e anti-homofobia e a banda traz um som punk cru, gritado, rápido e de mensagem clara. As letras abordam temas como homofobia, misoginia, fascismo, e a intervenção da igreja e do Estado sobre o corpo das mulheres, sendo um levante a qualquer forma de opressão.
Em abril de 2017, a banda lançou oficialmente seu primeiro disco homônimo nas principais plataformas como Spotify, Deezer, Apple Music e etc. A convite da gravadora Hérnia de Discos, idealizada por e para garotas, participou, em fevereiro de 2018, da coletânea "Insubmissas", tributo ao disco Pussy Whipped do Bikini Kill.
A banda também já participou de diversas coletâneas independentes de todo o Brasil. Finalista do Prêmio Dynamite na categoria Banda Revelação em 2017, citadas como expoentes da quarta onda feminista no livro "Explosão Feminista" da escritora Heloisa Buarque de Hollanda, line up de festivais como Oxigênio e Minas no Front realizado pelo Sesc Pompeia, Charlotte Matou um Cara tem sido apontada como uma banda importante do cenário underground brasileiro pela imprensa não apenas do Brasil como da América Latina, Estados Unidos e Europa.
O nome da banda faz referência à Charlotte Corday, que matou Jean-Paul Marat durante a Revolução Francesa.
SOBRE O DISCO "ATENTAS"
Após hiato de 2 anos a banda paulistana feminina e feminista de punk rock Charlotte Matou um Cara lançou seu segundo disco "Atentas" em 7 de setembro de 2021. Neste segundo disco há o aprofundamento das ideias e um amadurecimento no som da banda.
Os riffs continuam rápidos e pesados, mas trazem um pouco mais de experimentação e a mensagem segue clara e reage diretamente ao momento atual de perda de direitos, da falência da Democracia, da crise sanitária e do achatamento das ideias.
As letras, em português, incitam a resistência à onda conservadora que se ergue no mundo, à misoginia, ao fascismo, à violência de gênero, à apatia e fala sobre a necessidade de união e luta. Trazem referências a feministas históricas, homenageiam mulheres e homens que foram torturados e mortos durante a Ditadura Militar e reforçam a importância de lembrar para não repetir. Uma das faixas, em espanhol, se une às mulheres latino-americanas em uma versão punk de "Poder Popular" do grupo argentino Sudor Marika. Outra versão é a de “Festa Punk” dos Replicantes, celebrando apenas bandas de menines.
Fazem parte da equipe de produção do disco: Amanda Miranda, ilustradora responsável por toda a nova identidade visual da Charlotte; Liel Marin no registro audiovisual; Mari Crestani, produtore musical e integrante da Mary una Queer Band; Malka Julieta, que vai cuidar da mixagem do disco e Luis Tissot, que foi responsável pelo Caffeine Sound Studio por 15 anos e vai cuidar da gravação e masterização.